"Time da Crefisa"

'Time da Crefisa': nova versão criada pelos rivais para o antigo 'Time da Parmalat', referência a cogestão de sucesso do Palmeiras na década de 90. O motivo da criação do esteriótipo é apenas um: assombração. Lembranças de um Palmeiras implacável, avassalador e papador de títulos.
Vamos aos fatos.
Primeiramente, é fundamental salientar que a Crefisa, patrocinadora master do manto alviverde, é uma empresa de capital privado, diferentemente da Caixa Econômica Federal, um banco estatal, que investe milhões em clubes de futebol, majoritariamente no Flamengo e no SCCP, e que, por obrigações elementares, deveria investir no carente esporte olímpico e ser uma ferramenta de inclusão e transformação sociais. Agravante: a CEF vive uma crise financeira sem precedentes, pedindo socorro ao BNDES e ao FGTS (fato pouco discutido na mídia), enquanto destina recursos para clubes de massa com retorno questionável.
Segundo, se uma empresa privada faz um investimento deficitário, quem será o prejudicado? A torcida do Palmeiras, os torcedores rivais, a imprensa tupiniquim? Não, seus proprietários. Sobre isso, observa-se que a Crefisa superou a marca de 1 bilhão de reais em lucros anuais após o início da parceria (2015), números que eram de 750 milhões em 2014; a Faculdades da Américas (FAM), por sua vez, triplicou o número de alunos matriculados considerando apenas o primeiro ano da parceria. Ou seja, as 'Faculdades do Palmeiras' e o 'Banco do Palmeiras' estão muito satisfeitos com a viabilidade do investimento.
Terceiro, no excelente momento financeiro do Palmeiras, evidenciado nas últimas janelas de transferências, a Crefisa é uma das responsáveis, não a única, nem a principal. Cotas de Televisão, Sócio Torcedor Avanti, bilheteria do Allianz Parque, venda de jogadores e contrato com a fornecedora de material esportivo conduziram o clube ao atual patamar. Sem contar a notável gestão do clube iniciada em 2013 por Paulo Nobre.
Quarto, o complexo de vira lata do brasileiro. Já ouviram falar no 'Time da Chevrolet', 'Time da Fly Emirates', 'Time da Deutsche Telekom', 'Time da Qatar Airways'? Provavelmente não. Claro, a imprensa e torcedores estrangeiros não tratam seus grandes clubes pelos nomes dos seus patrocinadores, que injetam milhões de euros em Manchester United, Real Madrid, Bayern Munich e Barcelona anualmente (e respectivamente). Antagonicamente, quanto maior a quantia paga, mais a camisa e a história do clube são engrandecidos.
A verdade é que o vislumbre de um Palmeiras forte financeiramente, organizado internamente, com uma camisa gloriosa e atrativa aos investidores, com uma torcida apaixonada, de poder aquisitivo e presente, com uma gestão profissional e montando um super time traz à tona e a mente dos nossos rivais os seus piores pesadelos.
Sejamos compreensíveis.

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